domingo, 23 de novembro de 2008

Ministro prevê PIB de 3,5%; Lula manda divulgar 4%

Josias de Souza
23 de novembro de 2008

Em reunião realizada no Planalto na última quarta (19), o ministro Paulo Bernardo (Planejamento) expôs a Lula novas previsões para 2009.

Teriam de ser remetidas ao Congresso. Substituiriam dados que o governo anotara no Orçamento que elaborara em agosto, antes da supercrise global. A certa altura, Bernardo levou à mesa uma estimativa de crescimento da economia para o próximo ano: 3,5%.

Antes, em público, o ministro falara em 3,8%. Em privado, técnicos do Planejamento haviam estimado o PIB de 2009 em algo entre 3% e 3,2%.

Lula espantou-se com o negativismo. Avaliou que, adotando os 3,5% de Bernardo, o governo injetaria pessimismo num mercado que já traz o pé no freio.

O presidente determinou a Paulo Bernardo que, em vez de 3,5%, anotasse na reprogramação orçamentária endereçada ao Congresso um PIB de 4%.

Lula não estava só. Presente à reunião, o ministro Guido Mantega (Fazenda) também torceu o nariz para os 3,5% de Bernardo. Agarrou-se aos 4%.

Fez lembrar o Mantega de novembro de 2003. Ocupava à época a pasta do Planejamento. Opunha-se a Antonio Palocci, então o titular da Fazenda. O governo lidava na ocasião com números mais modestos. Palocci previra que o PIB de 2003 fecharia em 0,4%.

Mantega apostara em 0,8%. Numa entrevista, explicara as suas razões: "Eu não derrubo, só levanto o PIB". Três meses depois, em fevereiro de 2004, o IBGE revelaria: nem Palocci nem Mantega. A economia brasileira anotara em 2003 uma retração de 0,2%.

A conjuntura atual parece conspirar, de novo, contra Bernardo e também contra a dupla Lula-Mantega, os levantadores de PIB. A retração mundial puxa o PIB do Brasil para baixo.

A Comissão de Orçamento do Congresso trabalhava com índices inferiores a 3%. O "PIB político" de Lula causou um misto de estranheza e espanto.

Os congressistas poderiam ajustar a taxa à realidade. Mas é improvável que o façam. Soariam mais realistas do que o rei.

Assim, o debate de Brasília serve apenas para expor, uma vez mais, os meandros da quiromancia econômica que guia as previsões dos governos. De todos os governos.

Em relação ao PIB, a coisa funciona assim: no final do ano, informa-se que a economia do ano seguinte crescerá 4%.

Ali pelo meio do ano, regateia-se o índice para 3,5%. Em dezembro, anuncia-se que a taxa não atingirá os 3%.

A essa altura, o Congresso já estará debruçado sobre o Orçamento do próximo ano. Que trará nova previsão otimista: 4%. Quiçá mais um pouco.

O vaivém parece irrelevante. Mas não é. Numa conta grosseira, cada décimo de ponto percentual de crescimento do PIB corresponde à criação de algo como 30 mil postos de trabalho. É disso que se tr
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Conjeturas e fatos

Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 17 de novembro de 2008

Não sei se Barack Hussein Obama nasceu no Quênia, no Havaí, no Rio de Janeiro ou em Serra Leoa. Não sei se Barack Hussein Obama é filho de Barack Obama Senior, de Malcom X ou de Mickey Mouse. Não sei se Barack Hussein Obama é o candidato da Manchúria ou um político como qualquer outro. Não sei se o maior sonho de Barack Hussein Obama é destruir os EUA, como supõe Brad O’Leary em The Audacity of Deceit, ou soltar uma bomba atômica em Moscou, como assegura Webster G. Tarpley em Obama: The Postmodern Coup (sim, Obama tem críticos na esquerda).

O que sei com certeza, e desafio qualquer um a provar que estou errado, é o seguinte:

1) A certidão de nascimento que ele publicou no seu site de campanha não é uma certidão de nascimento, mas um simples atestado emitido anos depois. Só com esse atestado, sem uma cópia da certidão original, ninguém nos EUA poderia tirar uma carteira de motorista ou um passaporte.

2) O atestado em si não vale nada, mas, como a mídia mundial alardeou que uma “organização apartidária” teria confirmado a autenticidade do documento, é bom saber que isso é uma mentira cinica. O site FactCheck pertence à ONG Chicago Annenberg Challenge, que contribuiu para a campanha de Obama e onde ele trabalhou ao lado de William Ayers, coletando dinheiro para organizações esquerdistas.

3) Por duas vezes a avó de Obama afirmou que ele nasceu no Quênia. Depois disso a família Obama cancelou toda entrevista dela à imprensa, alegadamente para não cansar a venerável anciã.

4) Continua bloqueado, por ordem de Obama, o acesso não só à certidão de nascimento, mas a todos os documentos do novo presidente: seu histórico escolar, seus registros médicos, seu passaporte, sua lista de contribuintes de campanha, sua agenda de audiência no Senado, o rol de clientes do seu escritório de advocacia e até sua tese de doutoramento, alegada – gozação sinistra – como prova de seus dons intelectuais superiores. Nenhum candidato à presidência dos EUA ou de qualquer outra nação democrática jamais sonegou à imprensa essas informações básicas sobre sua pessoa. Lênin, Stálin, Hitler, Mao e Pol-Pot jamais esconderam seus históricos escolares.

5) A grande mídia americana continua ocultando ao público o capítulo mais importante da carreira política de Obama antes da candidatura: sua intensa participação (com comícios de palanque e tudo o mais) na campanha eleitoral do genocida Raila Odinga à presidência do Quênia. O governo atual do Quênia colabora na operação-abafa montada para proteger Obama, proibindo qualquer investigação a respeito dele no território queniano.

Concluam daí o que quiserem. Contestar hipóteses não impugna os fatos que elas pretendem explicar.