Candidatos assinam compromisso de rever decreto que regulamenta fiscalização
Elenilce Bottari
O Globo - 8 de setembro de 2008
Quatro candidatos a prefeito do Rio — Marcello Crivella (PRB), Jandira Feghali (PCdoB), Solange Amaral (DEM, apoiada pelo prefeito Cesar Maia) e Paulo Ramos (PDT) — assinaram ontem um termo de compromisso com entidades do transporte alternativo comprometendo-se a revisar o convênio assinado entre Cesar e o governador Sérgio Cabral, que repassou ao Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio (Detro) a fiscalização das vans no município. Os cooperativados querem a saída do Detro. Os candidatos também se comprometeram a licitar o transporte especial complementar no município.
Num debate que reuniu candidatos e cerca de 600 pessoas no clube Casino Bangu, o presidente da Confederação Nacional das Cooperativas de Transportes, Aldemar Mathias, numa forma clara de pressão, conclamou a categoria a não votar nos ausentes ao encontro.
— Quem não veio é porque achava que iria encontrar aqui fuzis — afirmou, em referência às denúncias de que parte do setor é controlada por máfias que atuam na Zona Oeste.
Ao assinar o documento, Crivella afirmou que alguns compromissos do documento já faziam parte de seu plano de governo em 2006. Disse que encaminhará o projeto à Câmara em seu primeiro dia de governo e reclamou que a categoria não votou nele.
— Na eleição para governador eu vim aqui, falei com vocês sobre meus projetos, pedi o voto de vocês e vocês votaram no Cabral. Agora, vocês têm que ouvir meu desabafo. Vocês vão fazer isso de novo? — indagou. E concluiu, antes de deixar o auditório: — Vou tirar o Detro da cola de vocês.
Solange assinou o compromisso proposto pelos donos de vans. Mas evitou falar sobre a fiscalização e defendeu o decreto de Cesar: — Todo mundo sabe do compromisso da nossa prefeitura com o transporte especial complementar. Está aqui, esta é a decisão mais recente.
O decreto que permite a bilhetagem eletrônica, que permite a publicidade no transporte complementar e faculta a questão das transferências. Estou aqui para dizer que somos governo, e fazemos, fizemos e faremos.
— As empresas de ônibus, numa tentativa de monopólio, fazem esforço claro para aniquilar o setor, através de aliança entre o governo do estado e diversos prefeitos espalhados pelo estado, inclusive no Rio.
Eduardo Paes disse que não pôde ir ao encontro por problemas de agenda. E disse que entre seus planos para o setor estão a licitação das linhas e a fiscalização rigorosa:
— O Detro está fiscalizando porque a atual prefeitura não fiscaliza. Vamos definir as linhas e fazer licitação. Tudo que for correto sou a favor, mas a fiscalização será ainda mais rigorosa.
Sobre a ameaça de perder votos entre os donos de vans, afirmou:
— Eles foram informados de que eu não teria como ir. Respeito a opinião deles, mas acho que poderiam ser mais democráticos.
Os outros candidatos não foram ao debate.
Num debate que reuniu candidatos e cerca de 600 pessoas no clube Casino Bangu, o presidente da Confederação Nacional das Cooperativas de Transportes, Aldemar Mathias, numa forma clara de pressão, conclamou a categoria a não votar nos ausentes ao encontro.
— Quem não veio é porque achava que iria encontrar aqui fuzis — afirmou, em referência às denúncias de que parte do setor é controlada por máfias que atuam na Zona Oeste.
Ao assinar o documento, Crivella afirmou que alguns compromissos do documento já faziam parte de seu plano de governo em 2006. Disse que encaminhará o projeto à Câmara em seu primeiro dia de governo e reclamou que a categoria não votou nele.
— Na eleição para governador eu vim aqui, falei com vocês sobre meus projetos, pedi o voto de vocês e vocês votaram no Cabral. Agora, vocês têm que ouvir meu desabafo. Vocês vão fazer isso de novo? — indagou. E concluiu, antes de deixar o auditório: — Vou tirar o Detro da cola de vocês.
Solange assinou o compromisso proposto pelos donos de vans. Mas evitou falar sobre a fiscalização e defendeu o decreto de Cesar: — Todo mundo sabe do compromisso da nossa prefeitura com o transporte especial complementar. Está aqui, esta é a decisão mais recente.
O decreto que permite a bilhetagem eletrônica, que permite a publicidade no transporte complementar e faculta a questão das transferências. Estou aqui para dizer que somos governo, e fazemos, fizemos e faremos.
Para Jandira, decreto pune vans
Jandira disse que as vans surgiram no vácuo de uma política de transportes inexistente, para suprir a demanda da população, afirmando que a falta de política para o setor beneficia empresas de ônibus. E prometeu retirar o Detro da fiscalização:
— Vou rever o decreto do Detro porque é um decreto que penaliza, pune e considera vocês bandidos. É a primeira coisa que vou fazer. A segunda é a licitação. Vou licitar, organizar, dar número nas diversas linhas. Eu vou mandar na política de transporte. Não serão os empresários de ônibus.
— As empresas de ônibus, numa tentativa de monopólio, fazem esforço claro para aniquilar o setor, através de aliança entre o governo do estado e diversos prefeitos espalhados pelo estado, inclusive no Rio.
Eduardo Paes disse que não pôde ir ao encontro por problemas de agenda. E disse que entre seus planos para o setor estão a licitação das linhas e a fiscalização rigorosa:
— O Detro está fiscalizando porque a atual prefeitura não fiscaliza. Vamos definir as linhas e fazer licitação. Tudo que for correto sou a favor, mas a fiscalização será ainda mais rigorosa.
Sobre a ameaça de perder votos entre os donos de vans, afirmou:
— Eles foram informados de que eu não teria como ir. Respeito a opinião deles, mas acho que poderiam ser mais democráticos.
Os outros candidatos não foram ao debate.
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