O Globo
2 de outubro de 2008.
Índice de homicídios já é o maior da América do Sul. No país, taxa cresceu 67% com Chávez
WASHINGTON. Caracas entrou para a lista das cidades mais violentas do mundo e já apresenta a maior taxa de homicídios da América do Sul, segundo um artigo publicado na edição online da revista americana “Foreign Policy”. A capital venezuelana, com 3,2 milhões de habitantes, tem uma taxa de 130 homicídios para cada cem mil residentes, segundo as estatísticas oficiais. Desde que o presidente venezuelano Hugo Chávez assumiu o poder, em 1998, a taxa de homicídios do país subiu 67%.
Caracas é seguida, segundo o artigo, pela Cidade do Cabo, na África do Sul (62 homicídios por cada 100 mil habitantes); Nova Orleans, nos Estados Unidos (as estatísticas variam de 67 a 95 por 100 mil habitantes); Port Moresby, em Papua Nova Guiné (54 por 100 mil habitantes); e Moscou, na Rússia (9,6 por 100 mil habitantes).
Rio de Janeiro não é citado pela revista O Rio de Janeiro não aparece no artigo da “Foreign Policy”. No entanto, de acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) apresentados pelo Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (Cesec), organização com sede no Rio de Janeiro, a capital fluminense registrou 37,2 homicídios por cada cem mil habitantes em 2007. Em relação a 1998, a taxa apresenta uma queda de 1,85%.
Londres, Paris, Roma e Madri registraram em 2006 menos de dois assassinatos por cada cem mil habitantes.
“A capital do país de Chávez se tornou nos últimos anos muito mais perigosa do que qualquer cidade sul americana, superando até a notória Bogotá”, diz o texto.
A revista critica ainda as autoridades por não “categorizar” os crimes apropriadamente e diz que as estatísticas oficiais omitem parte dos homicídios. Por exemplo, não são levadas em conta as mortes de pessoas que “resistem à prisão”, o que, segundo a publicação, indica que “os policiais de Caracas, famosos por sua brutalidade contra estudantes em protestos, acomodam as cifras”.
Estimativas não oficiais citadas pela publicação dão conta de 160 homicídios na cidade por cada cem mil habitantes.
Traficantes disputam menos usuários em Nova Orleans O texto diz ainda que muitos no país atribuem o aumento da violência ao presidente Chávez, cujo governo fracassou em combater as taxas de criminalidade.
Em Nova Orleans, cidade tradicionalmente violenta dos Estados Unidos, a Foreign Policy diz que o resultado apresenta influência do furacão Katrina, que devastou o local em 2005. Segundo a publicação, “traficantes de drogas vêm disputando um grupo menor de usuários, levando a muitas mortes”.
Em Moscou, de acordo com a revista, as taxas não são comparáveis a Caracas, mas tampouco se aproximam dos níveis apresentados por cidades européias. Na capital russa, muitos dos assassinatos têm origem étnica e são perpetrados por grupos ultra-nacionalistas, diz o texto.
2 de outubro de 2008.
Índice de homicídios já é o maior da América do Sul. No país, taxa cresceu 67% com Chávez
WASHINGTON. Caracas entrou para a lista das cidades mais violentas do mundo e já apresenta a maior taxa de homicídios da América do Sul, segundo um artigo publicado na edição online da revista americana “Foreign Policy”. A capital venezuelana, com 3,2 milhões de habitantes, tem uma taxa de 130 homicídios para cada cem mil residentes, segundo as estatísticas oficiais. Desde que o presidente venezuelano Hugo Chávez assumiu o poder, em 1998, a taxa de homicídios do país subiu 67%.
Caracas é seguida, segundo o artigo, pela Cidade do Cabo, na África do Sul (62 homicídios por cada 100 mil habitantes); Nova Orleans, nos Estados Unidos (as estatísticas variam de 67 a 95 por 100 mil habitantes); Port Moresby, em Papua Nova Guiné (54 por 100 mil habitantes); e Moscou, na Rússia (9,6 por 100 mil habitantes).
Rio de Janeiro não é citado pela revista O Rio de Janeiro não aparece no artigo da “Foreign Policy”. No entanto, de acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) apresentados pelo Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (Cesec), organização com sede no Rio de Janeiro, a capital fluminense registrou 37,2 homicídios por cada cem mil habitantes em 2007. Em relação a 1998, a taxa apresenta uma queda de 1,85%.
Londres, Paris, Roma e Madri registraram em 2006 menos de dois assassinatos por cada cem mil habitantes.
“A capital do país de Chávez se tornou nos últimos anos muito mais perigosa do que qualquer cidade sul americana, superando até a notória Bogotá”, diz o texto.
A revista critica ainda as autoridades por não “categorizar” os crimes apropriadamente e diz que as estatísticas oficiais omitem parte dos homicídios. Por exemplo, não são levadas em conta as mortes de pessoas que “resistem à prisão”, o que, segundo a publicação, indica que “os policiais de Caracas, famosos por sua brutalidade contra estudantes em protestos, acomodam as cifras”.
Estimativas não oficiais citadas pela publicação dão conta de 160 homicídios na cidade por cada cem mil habitantes.
Traficantes disputam menos usuários em Nova Orleans O texto diz ainda que muitos no país atribuem o aumento da violência ao presidente Chávez, cujo governo fracassou em combater as taxas de criminalidade.
Em Nova Orleans, cidade tradicionalmente violenta dos Estados Unidos, a Foreign Policy diz que o resultado apresenta influência do furacão Katrina, que devastou o local em 2005. Segundo a publicação, “traficantes de drogas vêm disputando um grupo menor de usuários, levando a muitas mortes”.
Em Moscou, de acordo com a revista, as taxas não são comparáveis a Caracas, mas tampouco se aproximam dos níveis apresentados por cidades européias. Na capital russa, muitos dos assassinatos têm origem étnica e são perpetrados por grupos ultra-nacionalistas, diz o texto.
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